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Sobre a militância socialista que se disfarça de “classe artística” e “movimento social”

É comum a grande imprensa noticiar manifestações de uma certa “classe artística”. Protestando contra Temer ou contra Doria, ou apoiando Lula, Dilma ou alguém do PSOL, lá está ela… Sempre tendo a disposição todos os microfones e holofotes para denunciar os “golpes”, os “retrocessos” e os “genocídios” de nossos dias.

Sendo formado em arquitetura e trabalhando como artista plástico há quase 20 anos, afirmo: não existe “classe artística”. Existem grupos socialistas que se dizem representantes de todos os artistas, e pior: guardiões cultura.

Como deveríamos chamar um grupo que apoia partidos e ditaduras socialistas?

Discordar disso é crer que alguém pode apoiar ideias nazistas sem ser nazista.

Dizer que a “classe artística” representa os artistas é tão absurdo quanto dizer que a CUT representa os trabalhadores e o PSOL representa os mais pobres.

Que fique claro: não existe “classe artística”, assim como não existe “movimento social”, nem “movimento LGBT”, nem “movimento feminista”, nem “movimento da consciência negra”, nem “movimento estudantil”. São todos grupos socialistas. Cada um deles se impondo como falsos representantes de parcelas da população para compor uma rede que visa nada menos do que o controle absoluto da sociedade por meio de um estado ocupado por eles mesmos.

Um plano inteligente: conquistando a confiança de diferentes segmentos da sociedade, esses movimentos conseguem fazê-los votar em partidos que têm como objetivo final o controle da economia, a relativização do princípio de propriedade privada e o confisco de bens e capitais. Ou seja: o homossexual que vota no PSOL por ele “defender” os homossexuais está, na verdade, votando num partido que visa controlar a economia, a sociedade, todos nós.

As pessoas que se apresentam como representantes da classe artística estão tão na extremidade do que se entende como esquerda que enxergam o PSDB como direita, apoiam Guilherme Boulos e repudiam João Dória, amam a ditadura cubana e detestam a democracia americana.

Um cartaz, numa das escolas invadidas, evidenciou a mentalidade desses grupos:

“A socialista que não é feminista sabota a luta de classes. A feminista que não é socialista precisa rever seu posicionamento de classe.”

Traduzo: sob a ótica deles, seus “representados” têm o dever de atuar como soldados; e os questionadores devem ser imediatamente massacrados pela força dos demais.

Um artista, uma mulher, um homossexual, um negro e até um pobre só devem ser respeitados como tais se atuarem como caixas de ressonância dos líderes dos movimentos que os representam.

A classe artística não odeia o Romero Britto porque o trabalho dele é ruim, mas porque ele não reproduz o discurso “progressista”.

Quando chamam pejorativamente alguém de “artista comercial”, eles querem dizer que esta pessoa é um artista que ganha dinheiro fazendo coisas que as pessoas comuns gostam. A galera do bem, que vota “13”, “50” e “65”, acha isso um absurdo.

Há muitos artistas que não compartilham da mentalidade esquerdista, mas se mantém calados por uma única razão: medo de retaliações. Retaliações que vêm de todos os lados. Perde-se trabalhos. Perde-se espaço na imprensa. Perde-se amigos − e alguns se transformam em inimigos.

Essa é a mensagem cotidiana da classe artística para seus influenciados: o respeito a um artista deve ser diretamente proporcional à militância dele. Os não-alinhados devem ser isolados. Se insistirem em se manifestar, devem ser ridicularizados, caluniados, sabotados e intimidados. Nada menos do que isso.

Incapaz de viabilizar seus projetos no mercado – conquistando a preferência de pessoas comuns − a classe artística empenha-se ferozmente na luta por “leis de incentivo”, que se resumem a forçar a população a financiar projetos pelos quais ela não se interessa.

A arrogância ganha contornos caricatos quando as lideranças dessa “classe” gritam que sem o dinheiro do governo NÃO HÁ CULTURA. Ou seja: se Chico Buarque não ganhar seus milhões, não haverá rodas de samba nos morros e nas periferias.

Outro fato: nunca se viu a classe artística cobrando leis que pudessem viabilizar patrocínios de pequenas empresas à artistas desconhecidos. Leis que pudessem fazer comerciantes e artistas de bairro estabelecer parcerias.

A luta da classe artística divide-se em três frentes:

1 – Garantir que o governo sustente seus líderes e militantes por meio de patrocínios ou distribuindo empregos em órgãos públicos;

2 – Garantir espaço na grande imprensa;

3 – Transformar as universidades em centros de recrutamento e de capacitação de militantes.

Para quem apenas frequenta os eventos culturais, o meio artístico pode parecer muito lindo e honesto, mas a realidade é outra. Não há setor mais elitista na sociedade. Da farsa dos editais à lavagem de dinheiro que sustenta o mercado de arte contemporânea, tudo fede.

Os que se apresentam como defensores da cultura nacional têm nojo de pessoas que vão à igreja, que gostam de novela, que querem passar férias em Miami e acumular patrimônio para deixar de herança para os filhos. Ou seja, têm nojo da grande maioria da população brasileira. Assim que ganham fama e dinheiro, se isolam. Passam a exigir altos cachês e patrocínios milionários do governo para realizar cada vez menos projetos e para públicos cada vez mais restritos.

Moram nos melhores bairros da cidade, têm rendas muito superiores a da grande maioria da população, são tratados como deuses pela imprensa e pelo governo, mas dizem que as “elites” são os assalariados que foram às ruas pedir o impeachment de uma presidente arrogante, mentirosa e corrupta.

Apoiam partidos não em função do que produzem, mas em função do que representam. Apoiaram o PT por ele representar a extrema-esquerda. Isso basta. Lula é um corrupto “do bem”.

A mentalidade totalitária dessas pessoas chega ao ponto de exigir que uma sociedade majoritariamente cristã financie projetos de artistas que odeiam o cristianismo e que capitalistas financiem grupos que pregam a destruição do capitalismo.

Recentemente, o ator Wagner Moura se queixou de que as empresas estavam negando patrocínio para um filme que ele estava produzindo. Que filme? Um filme sobre Marighella, aquele singelo terrorista que ficou famoso por descrever, num livro, como os socialistas devem utilizar o dinheiro dos capitalistas para destruir o próprio capitalismo.

É para isso que existe a classe artística. É isso que eles tentam fazer o tempo todo.

A boa notícia: a cultura é muito maior do que esse clube de parasitas.

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