DOE

Se o Papai Noel existisse e viesse ao Brasil seria caçado e preso

Se o Papai Noel realmente existisse não seria bem-vindo quando chegasse ao Brasil.
 
A Receita Federal alegaria crime de descaminho pela importação de produtos sem o pagamento de impostos e cobraria 100% de multa sobre cada item.
 
Os políticos nacionalistas questionariam a entrada de produtos importados que “concorrem em condição desleal com a indústria nacional” e “aumentam nossa dependência do capital estrangeiro chinês”, afinal, a roupa dele é vermelha, só pode ser comunista.
 
O CADE abriria um processo contra o bom velhinho por dumping praticado ao distribuir presentes gratuitamente para acabar com os competidores locais.
 
O Ministério Público do Trabalho questionaria a jornada de trabalho dos duendes e sua mão-de-obra barata, enquadrando o barbudo como explorador de trabalho escravo.
 
Os militantes pelo direito dos animais fariam campanhas pelas redes sociais contra os maus-tratos feitos às renas obrigadas a carregar pesados presentes por todo o país. Como resultado, o Ibama iria autuar o Papai Noel por crime ambiental.
 
Os Correios entrariam com uma liminar no STF suspendendo a entrega dos presentes alegando que possuem o monopólio postal e a entrega de presentes que cabem em cartas deveria ser exclusividade dos Correios.
 
Os xenófobos alegariam que a presença de um estrangeiro sem documentação sobrevoando o Brasil constituiria uma grave ameaça à “segurança nacional”. Discursos inflamados seriam feitos no Congresso Nacional pedindo à FAB para derrubar o trenó do bom velhinho e acabar com sua livre viagem pelo Brasil.
 
Os militantes LGBT alegariam que ele não emprega duendes gays, lésbicas ou transsexuais, nem entrega bonecas com o órgão sexual masculino, e o acusariam de homofóbico.
 
A mídia faria matérias sobre o aumento da desigualdade social gerado pela distribuição de presentes somente aos “bons meninos” e criaria o termo “maufóbico” para se referir ao Papai Noel. Haveria mais um motivo para chamar Pabllo Vittar para todos os programas de televisão possíveis: comentar a transfobia do bom velhinho que não usa o termo “bxns meninxs”.
 
No fim, totalmente impossibilitado de fazer o seu trabalho e preso pela acusação de assédio ao tentar colocar um presente debaixo da cama de uma feminista, Papai Noel enviaria um último presente, especial, que o tiraria de toda esta enrascada.
 
Entregue por Fedex (por Sedex só chegaria depois do Ano Novo) a um tal Gilmar, o bom velhinho de todos os presos.

Compartilhe nas redes sociais:

Mais Recentes

Ribeirão Preto se torna o município com mais Liberdade para Trabalhar no Sudeste com apoio do ILISP
A cidade de Ribeirão Preto, no...
Jaboatão dos Guararapes se torna a cidade com mais Liberdade para Trabalhar do Brasil com apoio do ILISP
No dia 13 de novembro de...
Presidente do ILISP conversa com governador de Goiás para aumentar Liberdade para Trabalhar no estado
O presidente do ILISP Marcelo Faria...
Projeto do ILISP é considerado um dos 6 melhores do mundo e concorrerá a prêmio mundial
O projeto Liberdade para Trabalhar do...
Estado do Paraná regula Lei de Liberdade Econômica com apoio do ILISP
O governador Carlos Massa Ratinho Junior...
Bagé-RS recebe prêmio como município com mais Liberdade para Trabalhar no Brasil
A cidade de Bagé, no Rio...