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Como criminosos, políticos corruptos e ditadores compram parte do apoio popular

A esquerda brasileira tem comemorado os 30% de intenção de votos para presidente que o Datafolha confere à Lula. O petista ganhou 5 pontos de dezembro de 2016 para cá, a despeito das delações da Odebrecht e de Leo Pinheiro. Não me surpreende.

Na Venezuela devastada pelo socialismo, Nicolás Maduro conta com 30% de aprovação.

Boa parte dos cubanos apoiam a ditadura comunista em vigor no país.

Hitler e Mussolini, até seus últimos dias, tinham seus rebanhos.

Devemos nos lembrar também que criminosos são muito populares quando controlam comunidades. Os moradores sabem que eles sequestram, torturam e matam pessoas, mas consideram importante a ajuda que recebem: um botijão de gás, o transporte de um filho para o hospital, o dinheiro para festas e até a segurança do bairro.

O cangaceiro Lampião, que na verdade foi o líder de uma gangue de ladrões e assassinos, ainda é reverenciado como herói por ter “ajudado os mais pobres”.

José Sarney, o ex-presidente responsável pelos desastrosos planos Cruzado I e II, foi eleito e reeleito senador após deixar o cargo. Sarney “ajudou os mais pobres”.

Fernando Collor, o presidente que confiscou a poupança dos brasileiros e que sofreu impeachment, foi eleito senador em 2014 com 55% dos votos em Alagoas. Collor “ajudou os mais pobres”.

Paulo Maluf, que até o PT chegar ao poder era conhecido como o político mais corrupto do Brasil, teve mais de 250 mil votos em São Paulo. Paulo Maluf “ajudou os mais pobres”.

Lula, o comandante máximo da organização criminosa, ainda é admirado e defendido por muitos. Lula, no imaginário de alguns, também “ajudou os mais pobres”.

Em 2007, Alberto Carlos Almeida registrou em seu livro A Cabeça do Brasileiro o resultado da mais completa pesquisa já feita sobre a mentalidade desse povo.

Logo no primeiro capítulo, o sociólogo trata da forma como os brasileiros enxergam a corrupção. Reproduzo abaixo uma das questões apresentadas pela pesquisa:

Um funcionário público receber de Natal um presente dado por uma empresa a qual ele ajudou a ganhar um contrato com o governo é?

No Nordeste, 22% das pessoas disseram que é um “favor”, 43% disseram que se trata de um “jeitinho” e apenas 35% disseram ser corrupção. Na região Sul, os números foram 9%, 45% e 46%.

O resultado para a mesma pergunta, de acordo com o nível de escolaridade, foi que no Nordeste apenas 27% das pessoas analfabetas reconheceram como corrupção. Entre as pessoas com ensino superior, 39%.

Vale lembrar que Lula é acusado de ter recebido muitos “presentes” de empresas que fecharam contratos com o seu governo e que 50% dos eleitores nordestinos votariam em Lula, segundo o Datafolha.

O que se constata, no dia a dia e estatisticamente, é a direta relação entre pobreza e a popularidade de líderes políticos como Lula, provavelmente porque grande parte da população enxerga neles um exemplo da malandragem a ser seguido − algo como o jogador de futebol que ganha o amor da torcida ao cavar um pênalti que não existiu. O que importa é o gol. No imaginário de parcela da população, Lula é aquele que criou o Bolsa Família, que levou “água ao sertão”.

Penalidades forjadas no futebol, a corrupção de Lula e a violência de ditadores não têm a menor importância para certa parcela da população. Nunca houve um ditador que não ajudasse os mais pobres. Hitler e Mussolini criaram diversos programas assistencialistas. Stalin e Fidel Castro deram casa e comida de “graça” às pessoas que antes deles eram “excluídas pelo capitalismo”. Nicolás Maduro encheu o governo de militantes, os quais, ao contrário dos demais cidadãos, não ficam sem salários.

Lula é o Lampião do século 21.

Obviamente, uma parte considerável das intenções de voto no petista réu em 5 processos de corrupção vem das classes mais altas. Sobre isso, cabe resgatar a famosa frase de Roberto Campos: “o PT não investe no pobre, o PT investe no funcionalismo público”.

O próprio Partido dos Trabalhadores tem orgulho em dizer que criou mais de 235 mil cargos públicos (apenas na esfera federal, até 2014) ao longo dos mandatos de Lula e Dilma, 355% a mais do que o número registrado durante o governo FHC.

PT se orgulhando de contratar funcionários públicos. Nunca antes na história desse país tanta gente fez parte da elite.

Como sabemos, o funcionalismo público é responsável por grande parte da desigualdade econômica do país porque drena um gigantesco montante de recursos da iniciativa privada sem estar sujeito aos riscos do mercado, tendo estabilidade de emprego, recebendo salários acima da média da iniciativa privada e aposentadorias diferenciadas. Ou seja: o PT transformou o funcionalismo público na classe dos privilegiados, a verdadeira elite, onde se concentra a maior parte dos mais ricos da população e as corporações mais fortes – não por acaso, são elas que financiam a campanha contra a Reforma da Previdência.

Isso significa que cada funcionário do governo fará de tudo para manter seus privilégios; que cada um é potencial militante, cabo eleitoral e caixinha de ressonância da propaganda petista; e que cada uma dessas pessoas atua em favor do partido em seu círculo social e familiar. Ou seja: são 235 mil pessoas repetindo para outras milhões o que Lula, Dilma, Gleisi Hoffmann, Lindbergh Farias e similares dizem.

Outra boa forma de entendermos isso é olharmos para o que vem acontecendo com o PSDB.

O partido que, ao longo das últimas duas décadas − por absoluta falta de alternativa − cativou os eleitores de perfil mais liberal, agora assiste seus principais candidatos despencando nas pesquisas de opinião na medida em que seus esquemas de corrupção tomam os jornais. Enquanto Alckmin e Aécio começam a ser enxotados da política pelos seus eleitores de outrora, ainda temos Lula como favorito. Isso ocorre porque o PT, ao contrário do PSDB, sempre teve como prioridade formar e alimentar militância.

A boa notícia é que 45% dos eleitores rejeitam e, portanto, não votariam de forma alguma na figura política mais conhecida do Brasil, que governou por dois mandatos, que se diz a pessoa mais honesta do mundo.

Como já tratei noutros textos, contra Lula e tudo de ruim que ele representa precisamos nos unir em apoio à Lava Jato. A reforma política que o Brasil precisa já está em curso há três anos. As pessoas não corrompidas pelo PT devem apoiar publicamente o trabalho dos juízes e promotores responsáveis pela operação. O fracasso deles será a nossa derrota; e provavelmente não teremos tão cedo outra oportunidade de nos livrarmos de Lula.

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