Durante a comissão do Senado, o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) disse que ali se estava julgando algo análogo ao “impeachment de J. M. Keynes”. E ele tinha razão. Apesar do senador estar se referindo à decisão do senado, o que ele não sabe é que realmente os brasileiros estão buscando substituir ideias de Keynes, que preza pela expansão monetária e o intervencionismo estatal, por ideias de livre mercado. Ou seja, os brasileiros não só estão cansados da Dilma, mas também de ideias intervencionistas como as de Keynes.
O “impeachment de J. M. Keynes” pode ainda não ter acontecido nas academias, mas na Internet já aconteceu e seu substituto é o economista da escola austríaca: Ludwig Von Mises. O Brasil é uma rara exceção do mundo, é o único país onde a busca no Google pelo economista austríaco Ludwig Von Mises é maior que a do economista “mainstream” John M. Keynes.
Existem algumas razões para isso. A crise econômica no país causada pelo excesso de intervencionismo estatal e experiências próximas do socialismo bem ao lado do Brasil, como Argentina e Venezuela, podem ter levado os brasileiros a buscarem outros pensadores para entender os problemas econômicos. Há também um excelente trabalho feito pelo Instituto Mises Brasil, que tem propagado a escola austríaca no país com bastante sucesso.
Será que o Brasil está a caminho de uma evolução liberal?
Os Princípios Liberais
Na economia (e na política)
Os princípios e diretrizes liberais ressaltam as próprias leis econômicas:
1. a lei da oferta e procura no estabelecimento dos preços;
2. a soberania do consumidor;
3. a importância da concorrência entre os agentes econômicos;
4. a interdependência entre o capitalista-produtor e o trabalhador-consumidor;
5. a necessidade de investimentos para a geração de riqueza-renda e sua distribuição;
6. o conceito de que distribuição de renda sem criação de riqueza é expropriação / confisco;
7. que os níveis de renda de cada agente econômico variam conforme a sua capacidade de produzir riqueza, salvo se a atividade geradora da renda tem um fator imponderável;
8. a constatação de que quando o Estado investe, antes ele precisa arrecadar ou endividar-se, o que empobrece a sociedade ou traz ônus para seu futuro;
9. que apenas parte dos valores arrecadados pelo Estado chega ao seu destino final;
10. o conceito de que há uma grande defasagem entre a concepção dos projetos públicos e a provisão de seus recursos e sua execução;
11. o princípio de que o Estado só deve exercer as funções indelegáveis, aquelas incompatíveis com o exercício privado;
12. que se o Estado for detentor dos meios de produção, ele poderá controlar também as usinas de papel e os recursos editoriais, o que leva fatalmente à censura e à perda das liberdades;
13. que a hipertrofia estatal torna a corrupção inafastável; e esta começa com atos triviais e alcança os principais;
14. o primado de que a livre iniciativa e o instituto da propriedade privada são instrumentos essenciais ao desenvolvimento das sociedades;
15. a importância do lucro como estímulo à criação de riquezas, empregos e renda;
16. o postulado de que o motor do indivíduo são seus próprios interesses, ainda que seus interesses contemplem a coletividade;
17. os direitos onerosos só se concretizam se houver uma economia que possa sustentá-los;
18. a necessidade de se ampliar as privatizações, concessões, autorizações e permissões para a oferta de serviços e bens públicos;
19. as parcerias público-privadas para a construção da infraestrutura, nos casos em que os projetos não sejam atraentes para o setor privado e necessitem do apoio estatal para serem viabilizados;
20. se os particulares podem oferecer bens e serviços à população, não se deve recorrer a um Estado complicado e mais caro para a oferta de tais serviços;
21. a noção de que quanto maior e mais dificultosa for a tributação, maior será a propensão à sonegação;
22. quanto maior for a ingerência estatal sobre as relações trabalhistas, menor será a oferta de empregos; e quanto maiores os encargos trabalhistas, menores serão os salários;
23. a compreensão de que não há benefícios grátis, já que tudo tem seus custos; e quando concedidos, os benefícios devem ter alguma contra-prestação ou co-participação dos beneficiários;
24. é mais racional subvencionar as pessoas diretamente, de modo proporcional à sua renda, para que contratem seus serviços de saúde e de educação, ao invés de o Estado manter grandes estruturas hospitalares e educacionais, sempre muito dispendiosas, ineficientes, sujeitas a desvios, desperdícios, paralisações, grevismos e outros vícios;
25. a necessidade de uma vigilância permanente para prevenir a captura do Estado pelas suas grandes corporações;
(Do livro As Ideias Liberais – Na Economia (e na Política) – de J. Assis S. Utsch – no prelo)
Involução liberal. Parece q vc não sabe nada, nada, nada de Keynes. Pensei em te dizer outras coisas, mas, paro por aqui, pra me irritar menos.
Parece q vc não sabe nada, nada, nada de Mises (igual o Ciro). Pensei em te dizer outras coisas, mas, paro por aqui, pra me irritar menos.
Isto é uma mentira.
Coreia do Sul:
https://www.google.com.br/trends/explore?geo=KR&q=%2Fm%2F0cpvcd,John%20Maynard%20Keynes
Japão:
https://www.google.com.br/trends/explore?geo=JP&q=%2Fm%2F0cpvcd,John%20Maynard%20Keynes
Espanha:
https://www.google.com.br/trends/explore?geo=ES&q=%2Fm%2F0cpvcd,John%20Maynard%20Keynes
Finlandia:
https://www.google.com.br/trends/explore?geo=FI&q=%2Fm%2F0cpvcd,John%20Maynard%20Keynes
Alemanha:
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França:
https://www.google.com.br/trends/explore?geo=FR&q=%2Fm%2F0cpvcd,John%20Maynard%20Keynes
Portugal:
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Belgica:
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Chile:
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