Depois de ampla discussão sobre o Art. 10 do substitutivo do relator Vicente Cândido (PT-SP) ao Projeto de Lei n° 8612/2017 (“Reforma Política”), a Câmara dos Deputados manteve a implantação piloto do voto impresso nas eleições de 2018. Os partidos fizeram um acordo para retirar a modificação do projeto, garantir que toda a reforma fosse votada a tempo de ser enviada ao Senado Federal nesta quinta (05) e aprovada para entrar em vigor em 2018. A data limite para modificações legislativas relacionadas às eleições é o próximo dia 07 de outubro (sábado).
Aprovado originalmente em 2015 por meio de emenda apresentada por Jair Bolsonaro (PSC-RJ) à “Reforma Política” da ocasião – transformada posteriormente na Lei n° 13165/2015 – o voto impresso é definido como “no processo de votação eletrônica, a urna imprimirá o registro de cada voto, que será depositado, de forma automática e sem contato manual do eleitor, em local previamente lacrado”. A lei também determina que “o processo de votação não será concluído até que o eleitor confirme a correspondência entre o teor de seu voto e o registro impresso e exibido pela urna eletrônica.’
A argumentação utilizada pelo relator para tentar adiar a entrada em vigor do voto impresso foi um pedido do TSE, o qual não teria tido tempo e nem os R$ 2,5 bilhões necessários para implantá-lo. Entretanto, na mesma sessão, a Câmara dos Deputados aprovou – com o voto de 223 deputados – o fundo eleitoral de R$ 1,7 bilhão.
Mesmo que o voto impresso entre em vigor em 2018, o TSE já informou que somente 35 mil urnas terão voto impresso das 600 mil utilizadas no pleito de 2018. No acordo feito pelos deputados, uma nova proposta, negociada junto com a Justiça Eleitoral, será analisada para garantir a implantação de “um projeto piloto para execução imediata, não de todo o Brasil, mas de parte, do voto impresso”, como definiu Arthur Lira (PP-AL).
As urnas de segunda geração – que permitem a impressão dos votos – são utilizadas na Argentina, Bélgica, Canadá, Equador, EUA (variando de acordo com o estado), Índia, México, Peru, Rússia e Venezuela. No último dia 31 de julho de 2017, um teste de confiabilidade nas urnas eletrônicas americanas com impressão de voto resultou em hackers invadindo as máquinas em uma hora.
Propaguem idéias, não propague o poder, não vote.
Para ser manipulada!!!
urnas eletronicas ficam on line no dia da votação,se ficam porque ?
As urnas não são conectadas a internet, apenas energia elétrica