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Professores da USP publicam carta contra a “greve” dos estudantes

Em mais um ato de resistência da comunidade acadêmica contra o autoritarismo fascista do movimento estudantil controlado pela esquerda, os professores do Instituto de Física da Universidade de São Paulo (USP) – o mesmo onde um professor resistiu bravamente aos grevistas – publicaram nos meios de comunicação internos da universidade uma carta em que condenam “a forma truculenta e autoritária” como os “estudantes grevistas” (como se houvesse algum sentido que alunos façam greve) têm atuado dentro da universidade, incluindo “assembleias minoritárias de estudantes” para decidir pelas greves e piquetes.

Confira a carta completa:

“Nós, docentes do Instituto de Física, repudiamos o comportamento dos ‘estudantes grevistas’ que, de forma truculenta e autoritária, impediram o acesso de professores, estudantes e funcionários às dependências do Edifício Principal, em especial às salas de aula, nessa segunda-feira dia 30 de maio de 2016. É inadmissível que, sob o pretexto de reivindicar direitos, esse grupo resolva desprezar o direito de outros. O respeito ao direito de cada um de nós é o que garante o bom convívio social, é o que nos difere de sociedades autocráticas. Estamos passando por momentos econômicos muito difíceis em nosso país, com o número de desempregados passando de 11 milhões e um déficit público de mais de 150 bilhões de reais. Nossa Universidade, devido a gestões financeiras totalmente
irresponsáveis, encontra-se em situação de penúria, com despesas obrigatórias superando as suas receitas e podendo, em pouco tempo, tornar-se completamente inviável. O problema da USP é gravíssimo!
Apesar disso, em lugar de apresentar alguma sugestão, alternativa ou solução para os
problemas reais que enfrentamos, assembleias minoritárias de estudantes optaram, como
de costume, por apresentar mais reivindicações e pela única resposta que têm a todos
os problemas: decretaram ‘greve’. Como nós não achamos que greve permita contribuir para o encaminhamento de soluções para os árduos problemas que enfrentamos no momento, continuamos trabalhando, dando aulas (quando não somos impedidos), orientando nossos estudantes, desenvolvendo nossas pesquisas científicas, contribuindo positivamente para o avanço do país e fazendo assim jus ao salário que ainda recebemos a cada mês.
Temos consciência da enorme responsabilidade de fazer parte do corpo docente de uma das melhores Universidades da América Latina, que custa aos pagadores de impostos cerca de 15 milhões de reais por dia. Sob a égide do CEFISMA, os ‘estudantes grevistas’ escolheram a via do confronto ao promoverem o piquete de hoje. Assim, comunicamos a todos os estudantes que aulas e provas que forem impedidas de ocorrer, por força de obstruções de acesso, constrangimentos físicos, verbais e sonoros, serão consideradas dadas, não havendo, em hipótese alguma, possibilidade de reposição das mesmas.
Na certeza de que o Diretor do IFUSP, Prof. Marcos Nogueira Martins, atuará para
que se restabeleçam prontamente as condições de trabalho de um ambiente de trabalho
sadio, subscrevemos:
Airton Deppman
Antonio Martins Figueiredo Neto
Arnaldo Gammal
Cristiano Luis P. de Oliveira
Diego Trancanelli
Elcio Abdalla
Enrico Bertuzzo
Fernando T. Caldeira Brandt
Gustavo Burdman
Jorge Noronha
Luis Raul W. Abramo
Marcelo Martinelli
Nestor Caticha
Oscar José P. Éboli
Paulo Alberto Nussenzveig
Renata Zukanovich Funchal
Valdir Guimarães
Victor O. Rivelles”

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