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Atacar a Lava Jato e apoiar Lula é ser a favor da corrupção

A condenação de Lula em segunda instância de forma unânime evidenciou que os militantes do PT, PCdoB e PSOL formam, de fato, uma seita religiosa que aceita nada menos do que o fanatismo.

Em vez manifestar vergonha, a esquerda interpretou a decisão dos desembargadores como uma heresia e, em reação, prometeu guerra contra os “conspiradores” que só existem no imaginário deles.

A devoção ao “deus da corrupção” motivou as mais estapafúrdias publicações nas redes sócias. Como a tese “Lula foi condenado sem provas” não colou, voltaram a tentar emplacar a afirmação de que a justiça persegue Lula enquanto deixa em liberdade “outros” políticos como Aécio Neves e Michel Temer.

Vamos aos fatos.

A Lava Jato condenou 113 pessoas, dentre elas altos funcionários públicos, lobistas, políticos de todos os partidos e grandes empresários, incluindo os bilionários da Odebrecht, da Camargo Corrêa e da OAS.

Algumas ações da Lava Jato, sozinhas, desqualificam completamente a fantástica tese de “perseguição ao Lula” criada pela esquerda.

O outrora “todo poderoso” Eduardo Cunha (PMDB), o homem que foi acusado pela esquerda de armar o impeachment para se livrar da justiça, foi preso um mês depois de sair da presidência da Câmara. Permaneceu seis meses preso sem ser julgado. E quando a primeira condenação saiu foi sentenciado a 15 anos de cadeia. O Ministério Público Federal ainda pede que ele seja condenado a mais 386 anos de prisão por outros crimes.

Sérgio Cabral (PMDB), ex-governador do Rio de Janeiro que também era visto como intocável, foi preso e levado algemado num camburão para Bangu, onde teve os cabelos raspados e foi fichado como um criminoso qualquer. Ele também passou meses preso sem ter sido julgado. As condenações que se seguiram já deram a ele 72 anos de cadeia.

Dez dias atrás, Cabral foi transferido de Bangu para Curitiba com os pés e mãos algemados.

Há exatamente um ano, Eike Batista estava sendo preso pela Polícia Federal. Aquele que chegou a ser o 8° homem mais rico do mundo foi levado para uma cela comum em Bangu.

Eike passou 4 meses preso sem ser julgado, antes de conseguir a transferência para o regime de prisão domiciliar no qual se encontra até hoje.

Dois meses antes de encontrar as famosas malas com R$ 51 milhões, a Polícia Federal prendeu Geddel Vieira Lima (PMDB), o ex-ministro e homem forte de Michel Temer. Hoje, ele aguarda julgamento cumprindo prisão domiciliar.

O deputado federal Rodrigo Rocha Loures (PMDB), outro homem de Temer, foi flagrado carregando uma mochila de dinheiro, também foi preso e hoje cumpre prisão preventiva em casa.

Henrique Eduardo Alves (PMDB), ex-ministro de Temer, teve o mesmo tratamento.

A Lava Jato também chegou à JBS, até então o maior grupo frigorífico do mundo. Rodrigo Janot, Procurador-Geral da República responsável pelas delações premiadas, autorizou as gravações que sustentaram sua tentativa de indiciar Michel Temer. Não conseguiu por interferência do STF e do Congresso Nacional.

Janot também denunciou Aécio Neves (PSDB) pedindo a perda do cargo de senador e a prisão do político tucano. Aécio foi salvo pelo STF e pelo Senado Federal.

O fato é que a Força Tarefa da Lava Jato tem agido contra todos os políticos suspeitos de praticarem corrupção, independentemente de seus partidos, e somente protegidos por decisões do Congresso Nacional e/ou do STF conseguiram escapar.

Ninguém nega a necessidade de pessoas como Aécio Neves e Michel Temer responderem às acusações feitas contra eles, mas deve-se ponderar o fato da Lava Jato sozinha não conseguir e nem ter poder fazer tudo − julgar, condenar e prender todos. Ela atua dentro de sua alçada jurídica. Graças ao foro privilegiado, Sérgio Moro não pode fazer nada contra Aécio Neves, Michel Temer, Renan Calheiros e Fernando Collor, por exemplo.

A Lava Jato encaminhou ao STF nada menos do que 183 processos. Destes, 140 ainda continuam nas gavetas dos ministros, os quais já se movem para alterar a decisão que eles mesmos tomaram em favor da possibilidade de condenados em segunda instância serem presos, o que beneficiaria não apenas Lula, mas também Aécio e Temer.

O Partido dos Trabalhadores (PT) não é o partido mais denunciado pela Lava Jato. É o PMDB.

Os parlamentares do PSDB só não encabeçam a lista dos denunciados pela Lava Jato porque não compunham formalmente a base de apoio dos governo federal nos últimos anos.

A lentidão e complacência da justiça brasileira continuam absurdas, mas a Lava Jato é uma equipe a parte, uma força tarefa criada para um fim específico – investigar crimes de corrupção e lavagem de dinheiro relacionados direta e indiretamente à Petrobras −, contando com uma equipe dedicada exclusivamente a isso. Por isso ela age mais rápido do que a justiça como um todo.

Se somarmos todos os políticos corruptos denunciados durante toda a história do Brasil não chegaremos nem a metade do que a Lava Jato já condenou em menos de quatro anos de trabalho.

A Lava Jato interrompeu o maior esquema de corrupção descoberto no mundo, bloqueou bilhões de reais em bens e recuperou outros tantos bilhões dos pagadores de impostos. Pela primeira vez na história do Brasil, a sociedade vê pessoas ricas e poderosas cumprindo prisão. A Lava Jato é reconhecida pela ONG Transparência Internacional, com sede em Berlim, como referência em combate a corrupção.

Graças à Lava Jato, esquemas de corrupção semelhantes foram desmontados em toda a América Latina, levando à cadeia um ex-vice-presidente do Equador, um ex-presidente de El Salvador, um ex-presidente do Panamá e um ex-presidente do Peru e seu vice.

Por causa de pessoas como Sérgio Moro, outros juízes e promotores estão tomando coragem para investigar e denunciar políticos corruptos.

Inconformados com a condenação de Lula – ou seja, inconformados com o sucesso de uma operação de combate à corrupção – estão partidos como PT, PCdoB e PSOL, sindicatos, canais midiáticos de esquerda, “movimentos sociais” e a “classe artística” liderada por atores da Globo. Não por acaso, esses mesmos grupos só enxergam beleza na ditadura cubana.

Se a esquerda fosse minimamente honesta faria um exercício sincero de autocrítica, aceitaria a condenação de Lula, reconheceria seus crimes e pediria desculpa aos brasileiros.

Ao militar contra a Lava Jato e apoiar Lula, a esquerda comprova que é, essencialmente, a favor da corrupção.

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