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Defender o “incentivo” estatal à cultura é defender que os mais pobres sejam roubados

Após o afastamento da presidente e o fim do Ministério da Cultura, “artistas” protestaram nas mais diversas áreas e, não à toa, os maiores protestos vieram justamente daqueles que, em algum momento, foram beneficiados de alguma maneira pelas políticas do governo petista.

A que mais chamou a atenção foi do elenco do filme “Aquarius”, feita em Cannes no maior festival de cinema no mundo. Uma rápida pesquisa na Internet mostra que o filme foi autorizado a captar R$ 2,9 milhões de reais para poder ser produzido. Uma segunda pesquisa mostra que os patrocinadores do filme são a Fundação Cultural de Pernambuco e o BNDES, portanto, além de buscar recursos via Lei Rouanet, ainda utiliza o dinheiro dos pagadores de impostos diretamente.

No fim, Temer voltou atrás e decidiu recriar o Ministério da Cultura. O fato do dinheiro de ministérios como o da Cultura vir de impostos aumenta o peso econômico sobre aqueles que mais pagam impostos em proporção de sua renda, os mais pobres.

Peguemos uma cesta básica que, mesmo com a desoneração dos seus impostos finais, ainda tem impostos indiretos (sobre os insumos, produção, transporte, trabalhadores, etc). Se esta carga é alta, logicamente quem mais sofre com isso são as pessoas que tem menos renda e, portanto, gastam uma porcentagem maior de sua renda com uma necessidade básica: alimentação. Por consequência, os impostos pesam mais para os mais pobres.

Sendo os impostos em todos os outros casos, que não na alimentação, igualmente altos, este valor é obviamente diminuído da renda do trabalhador, restando-lhe ainda menos para se alimentar. Ou para acompanhar uma peça teatral da qual ele nunca irá gostar, mas é obrigado a pagar com o seu dinheiro.

Quando “artistas” dos mais variados calibres defendem que se produza “arte”, inclusive aquelas que ninguém compraria, com o dinheiro dos pagadores de impostos, o pobre no interior do Ceará não pode comprar mais dois sacos de feijão para alimentar sua família pois, do pouco que ganha, parte vai pagar os impostos (diretos ou indiretos) que mantêm burocratas e passagens aéreas para Cannes de um diretorzinho esquerdista e seus atores.

A coisa fica pior ao lembrarmos que:
a) Impostos e burocracias diminuem a capacidade de empreender e a concorrência, aumentando o valor dos produtos;
b) Caso “a” não existisse, haveria mais empresas, mais empregos, maior nível de salários e menores preços;
c) Cada cidadão, seja no interior do Ceará ou na capital fluminense, poderia muito bem escolher entre o saco de feijão ou o filme do diretorzinho, e pagar o quanto achasse justo por isso;
d) Artistas defendem uma das coisas mais bizarras já criadas: um estado ladrão e todos seus entes;
e) Há de se pensar em possível má fé em fazer “d” enquanto se tira dinheiro da população que passa fome.
f) A simples diminuição de impostos ao invés do emprego de milhares de burocratas e “artistas” nesses projetos já causaria mais impacto socioeconômico que qualquer projeto “cultural” financiado pelo estado ou por meio de suas leis.

Obrigar um cidadão a pagar pela arte de outro só nos mostra a real razão de ser do estado e daqueles que o apoiam: viver à custa do dinheiro duramente conquistado pelos outros.

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