Henrique Meirelles disse recentemente à imprensa que talvez seja necessário aumentar impostos para colocar as finanças em ordem, como se o povo brasileiro não contribuísse para o sustento do país.
O brasileiro paga quase metade do que ganha em tributos e não tem serviço público de qualidade. Muito dinheiro é concentrado nas mãos do estado que estimula a corrupção, a perdulariedade, a improdutividade e mantém estrutura burocrática gigantesca que rotineiramente trama contra a sociedade. Para que mais?
Mais da metade dos recursos arrecadados pelo estado são gastos com a dívida e com o sistema previdenciário. Quase 80% dos recursos da previdência alimentam apenas 20% dos beneficiários, os funcionários públicos.
O caminho correto não seria diminuir os gastos do estado, reduzir os tributos, defender o crescimento econômico e a queda dos juros?
Infelizmente ao longo dos últimos 50 anos o estado se agigantou. O governo militar inundou o país com estatais, os políticos apadrinharam correligionários na estrutura governamental e os nacionalistas e os socialistas inflaram esses erros repetindo-os mais intensamente para o Império Estatal.
Interesses diversos confluíram, mas contra as necessidades da nação. Isso gerou uma aliança invisível entre tecnocratas, nacionalistas, socialistas e banqueiros.
Os tecnocratas fazem de tudo para manter o controle dos negócios em suas mãos. Os nacionalistas, defendendo a infraestrutura nas mãos de brasileiros, limitam os participantes do mercado. Os socialistas concordam com o financiamento da infraestrutura apenas pelo estado. E assim, com recursos controlados pela burocracia estatal e com mercados com poucos participantes, a corrupção corre solta e a infraestrutura evolui a passos de cágado.
Meirelles, um banqueiro, defende essa aliança invisível que não admite perder poder, exige a subida de impostos, o empobrecimento do povo e, claro, a subserviência de todos aos juros artificiais definidos pelo estado.
Precisamos mesmo é de menos Meirelles e mais poder para o povo.