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Quem quer intervenção militar precisa mesmo é de uma intervenção psiquiátrica

Não consigo olhar para quem pede por ditadura com bons olhos. A mim, isto é impossível. Muitos colegas chateiam-se e me chamam a atenção para o fato de que tal clamor é, geralmente, feito por ignorantes, e que por esta razão eu deveria pegar leve e tentar compreendê-los.

Todavia, já os compreendo. Também afirmo que já vi gente de todo tipo – pobre ou rico, negro ou branco, idoso ou jovem – pedir por uma intervenção militar ou pela revolução do proletariado. A questão é que não se trata de ignorância. Se fosse este o caso, combater-se-ia através da propagação de conhecimento, e isso bastaria. O que causa tal desejo nessas infelizes criaturas é o desespero.

O desespero infantil que neles se manifesta é fruto de um autoritarismo adormecido, pois, em verdade, somos todos um pouquinho autoritários. O que os distingue como subespécie é a ausência de princípios éticos e de empatia. Eles partem de um pressuposto em que sua insatisfação com a realidade legitima, em absoluto, qualquer tipo de reação, sem a menor preocupação com resultados ou consequências. O que querem, no fim, é que algum ídolo, um santo milagreiro, venha e solucione os problemas vividos por meio da força, impondo a partir disso os seus ideais.

Naturalmente, como são desesperados e histéricos, não desejam construir algo pelas bases. Pensam, assim, que seja possível começar um edifício pelo telhado. Figuras assim, em sua maioria, não conhecem o “não”. Quando crianças, provavelmente ganhavam o que queriam após baterem o pé no chão. Esta é a possível origem de tanta impaciência no que tange a mudar as coisas.

No entanto, a maior ilusão destes coitados é a crença na benevolência alheia. Pensam eles que o milagroso ditador é um homem de boa-fé, e que por isso jamais fará o mal. Acreditam, ainda, que toda a força e a violência serão direcionadas somente contra aqueles que, segundo eles próprios, são os “elos ruins’ da sociedade. Um fatídico engano cometido por muitos. Era assim que pensavam os primeiros revolucionários do iluminismo francês, até mesmo os que foram decapitados por “traição”, o que traduzindo para a linguagem dos tiranos significa apenas que discordaram de algo no processo.

Encerro, portanto, deixando claro que nutro imenso desrespeito por estas patéticas figuras. Mas desejo a elas que conquistem o que pedem: repressão e censura. Bom seria vê-los todos a caminho da Coréia do Norte.

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