Como cristão, reconheço a bondade inata de tudo o que Deus criou e a função da humanidade de governar a criação divina.
É por esse motivo que sou especialmente cauteloso com relação às leis que proíbem plantas. Não acredito que Deus errou ao criar a maconha e precisamos do governo para consertar o erro divino.
Infelizmente, não é esse o caminho que temos seguido. Em nome de “proteger o público”, certas substâncias foram declaradas maléficas e ilícitas. De fato, essas substâncias se tornaram tão más que os agentes estatais têm poder para impor leis com pouco ou nenhum respeito pela liberdade individual e pela propriedade privada.
A história da proibição do álcool na Lei Seca – uma era marcada por contrabando, crime organizado, corrupção governamental e aumento de todos os crimes – deveria ter evitado que o mesmo erro fosse cometido novamente.
Entretanto, as políticas estatais atuais de guerra às drogas, apesar de bem intencionadas, conseguiram obter o exato oposto: a proliferação de drogas sintéticas cada vez mais tóxicas e o desrespeito aos direitos naturais em nome da “eliminação” das drogas a qualquer custo. Basta pensar em invasões de propriedades sem mandato judicial, batidas policiais (incluindo de civis no meio da rua), confisco de bens e líderes de cartéis das drogas cada vez mais ricos.
Chegou a hora de uma discussão criteriosa sobre quão prudente tem sido a proibição das drogas, o impacto da guerra estatal às drogas nas liberdades individuais e como os indivíduos devem ser responsabilizados por seus próprios atos.
A bíblia alerta sobre o consumo excessivo de comida e bebida, bem como dormir em excesso (Provérbios 23:21), mas não proíbe as atividades, substâncias ou condições associadas a esses atos (bebidas alcoólicas, comida e fadiga). Em vários momentos bíblicos, as festas e o vinho são reconhecidos como bênçãos de Deus.
As escrituras dão ênfase ao respeito à liberdade e consciência de nossos irmãos, bem como à moderação de alguns atos e a abstinência de outros. Nós devemos nos preocupar com os amigos e vizinhos que abusam de uma determinada substância ou atividade, ajudando-os de forma sincera e voluntária, mas nunca por meio da força e da violência.
A bíblia fala em proibições? Sim, ela proíbe a iniciação da agressão contra os demais (Romanos 13). Nossas leis devem proibir e penalizar os atos violentos. Essa é a jurisdição dos magistrados: combater o dano ao próximo.
Em outras palavras: o governo deve deixar as pessoas em paz a não ser que elas causem danos ao próximo. O que não é o caso de utilizar plantas no seu próprio corpo.
Tradução livre: Marcelo Faria
eu achava que era a flor da planta fêmea não polinizada que fumada, nada com folha seca triturada.
Eu acho ridícula essas tentativas de justificar o injustificável… Para toda liberdade tem que ter a contrapartida da responsabilidade…Se o meu vizinho quer tomar estricnina, isso é um problema dele, desce isso não prejudique outras pessoas ninguém tem nada a ver com isso…
Eu trabalho num laboratório, as vezes aparece um sensor danificado sem que ninguém assuma a responsabilidade pelo dano…(não vou considerar outros lugares, outras culturas) mas aqui ninguém assume a responsabilidade…o que dá para generalizar “O brasileiro típico não assume seus erros”
Voltando a questão das drogas…Eu sou contra a liberalização porque o indivíduo “normal” (não usuário) já foge das responsabilidades imagina um indivíduo drogado….
Se as drogas forem liberadas eu acho que o usuário terá que se responsabilizar por algumas consequências…Para ser usuário, o mesmo terá que comprovar que pode bancar o vício. Qualquer problema causado pelo trafego de drogas (se continuar a existir) ou quaisquer danos devido a “drogas” causado a sociedade pelos usuários, os mesmos devem assumir a responsabilidade. Qualquer despesas necessárias a fiscalização, policiamentos específicos relacionados as drogas serão bancados com impostos cobrados dos usuários, pois a sociedade não tem nada a ver com isso.
Qualquer doença que o usuário de droga venha desenvolver e estiver relacionada droga consumida deverá ser custeada pelo usuário, o cidadão, não usuário, não deverá bancar tratamentos de doenças provocadas pelo uso constante de substâncias tóxicas consumidas pelo desejo do próprio usuário.
E quem falou que liberdade não pressupõe responsabilidade?
No mais, você já pode exigir que o custo do tratamento de viciados seja pago por eles, já que o estado possui inúmeros programas nesse sentido atualmente.
Se o “cidadão não usuário” não deve pagar o tratamento médico de quem usa droga, então, por coerência devemos aplicar o mesmo principio a fumantes, bebedores de cachaça, obesos, sedentários… Tudo isso vem do “desejo do próprio usuário”.
Não há motivos reais para a proibição da planta citada.
Existem plantas ornamentais venenosas com histórico de incidentes com crianças e animais, e nem por isso foram proibidas.
Então, por qual motivo outra planta cuja nunca apresentou dano algum aos seres humanos e nem a nenhuma outra espécie é proibida de forma tão incisiva?
Não existem argumentos plausíveis e ponto. Basta olhar nossos números e comparar com diversos outros países para que tenhamos um resultado prático da relação entre criminalizado e não criminalizado, e sabermos que não estamos no caminho certo.
Alienados são os que não têm a capacidade de conhecer, entender e ter uma visao holística em relação ao assunto “proibição vs sociedade”.
– Maconha não é planta. É um cigarro feito a partir da planta Cannabis Sativa. A folha precisa ser secada, triturada e embalada sob a forma de cigarro antes de ser fumada. Não existe no mundo natural nenhum pé de baseado.
eu achava que era só a flor da planta fêmea não polinizada que era fumada, nada com folha seca triturada.
“…precisamos do governo para consertar o erro divino.” Que tipo de cristão acredita que Deus erra? Só pode ser piada!
Não custa nada ler o que o cara escreveu logo antes do que você citou
“Não acredito que Deus errou ao criar a maconha e…”
– Li e tive um entendimento completamente diferente do seu.
– Deus criou a planta canabis sativa. Para que se obtenha um baseado faz-se necessário um processamento do insumo natural. A folha precisa ser secada, triturada e embalada antes de ser fumada.
– A absorção do THC (princípio ativo da maconha) no organismo ocorre pelo fumo. Comer a folha da Canabis como se fosse alface não dá barato. Portanto, o processo de intoxicação não é natural, não foi criação de Deus. Não existe no mundo natural nenhum “pé de baseado” onde se colhe o produto final pronto e fuma.
– Aliás, o ser humano é o único ser vivo que fuma, porque é o único que possui o domínio do fogo.
– O erro da argumentação do autor está em confundir (deliberadamente ou não) a planta canabis sativa com a maconha, sendo que esta última necessita ser “fabricada” para ser consumida por um meio não natural.
– Deus criou a planta, mas o diabo influenciou o homem idiota para criar o baseado.
E deus criou a uva, o homem a transformou em vinho, e Jesus transformou a água no melhor vinho que existia.
Sua lógica doida não funciona aqui, amigo.
Amigo, com todo respeito, mas isto foi de doer.
Foi uma “análise” superficial e cheia de sofisma. Não chega nem perto de uma argumentação coerente.
O primeiro erro começa com a ideia que tudo que é natural é bom (Deus não errou em criar a maconha). Isso é tão bobo que até uma criança sabe que venenos podem ser de plantas e isso não os torna bons. O problema que isso vai contra até o dogma mais básico da fé cristã (e judaica): O mundo, por causa do Pecado Original, não é perfeito e nem bom. Tudo foi subvertido. Então é completamente lógico haver coisas ruins na própria Natureza.
O segundo erro, é essa afirmação que a Bíblia apenas defende que Estado só pode punir a violência. Isso, além de historicamente insustentável (pois o Estado de Israel, descrito no Velho Testamento, fundado por Deus, punia até adultério por exemplo e os Estados defendidos e formados por cristãos puniam muitas coisas) é teologicamente insana. Isso porque a Bíblia, na visão cristã, deixa bem claro que não existe um modelo perfeito e não se intromete na política. Apenas defende o princípio que o Estado é moral e necessário.
O máximo que você poderia ter tentado é usar a argumentação de Aquino que não é bom proibir tudo, como o adultério e fornicação por exemplo, pois isso pode gerar problemas maiores, como estupros. Mas é claro, isso não seria bem uma argumentação cristã, mas a argumentação comum que a “guerra ao tráfico” fracassou e um cristão pode concordar ou não.
Obrigada, amigo Ezequiel, por seu post, fiquei ate aliviada. Sao tantas questoes teologicas e sociologicas envolvidas q o texto de provocação não poderia ser uma verdade absoluta e sua colocação evidencia uma reflexão mais plausível. Ufa! Nem tudo e nem todos estao alienados e/ou perdidos. Que continue o arbitrio e q sobretudo continue as ordenanças.
Bem diferente a cannabis de venenos da natureza em geral, não!?
Existem plantas ornamentais venenosas com histórico de incidentes com crianças e animais, e nem por isso foram proibidas.
Então, por qual motivo outra planta cuja nunca apresentou dano algum aos seres humanos e nem a nenhuma outra espécie é proibida de forma tão incisiva?
Não existem argumentos plausíveis e ponto. Basta olhar nossos números e comparar com diversos outros países para que tenhamos um resultado prático da relação entre criminalizado e não criminalizado, e sabermos que não estamos no caminho certo.
Nunca apresentou dano nenhum a seres humanos? Esse argumento é completamente incorreto. A literatura médica prova que a maconha causa danos aos cérebros dos usuários. A proibição não é à toa, não. Mas quem tem interesse em que os jovens (que são maiores adeptos da droga) fiquem alienados fugindo da realidade, é a esquerda, liberação de drogas indubitavelmente está na sua agenda, e só por esse fato, deve ser impedida.
É óbvio que há dano, mas ele ocorre contra o próprio usuário. Assim como no caso de bebidas alcoólicas, tabaco, remédios e outras drogas.
E a proibição não é à toa mesmo, é para políticos ganharem muito dinheiro junto com o cartel das drogas.