O parlamento francês votou no último mês uma lei para “ajudar a preservar” pequenas lojas de livros, proibindo a entrega de livros com frete grátis. Embora o governo francês afirme que o objetivo da lei não é coibir a atuação de grandes empresas, a ministra da cultura, Aurelie Filippetti, afirmou que deseja inibir o que ela chama de “estratégia de dumping”, pois a “guru” do mercado cultural considera que “empresas em posição dominante, após quebrarem todas as pequenas lojas de livros com promoções, aumentam seus preços.”
Após a lei entrar em vigor, a Amazon francesa atualizou sua seção de “Perguntas Frequentes” informando, “infelizmente deixamos de oferecer entregas gratuitas, mas fixamos os custos de entrega em 1 centavo de euro por pedido, garantindo o menor frete para seus pedidos de livros.”
O estado francês se orgulha das lojas de livros físicos, pois entende que a existência delas seja crucial para que a cultura chegue às cidades pequenas. Descontos superiores a 5% em livros já são proibidos para evitar que as grandes redes de livrarias não ameacem as lojas pequenas. E os prejudicados, claro, são os consumidores.