Apesar do Banco Central ser a maior ferramenta de governos bolivarianos na América Latina – que usam a instituição para fazer populismo e, em consequência disso, criam inflação – Bolsonaro, ao opinar sobre a independência do Banco Central, tem encostado no mesmo discurso da esquerda. “Daí eles decidem a taxa de juros de acordo com os interesses dos colegas do mercado financeiro? Então é melhor o pessoal do Banco Central governar o país como se uma junta fosse”, disse o deputado. Acrescenta que as pessoas no BC “não são independentes”, assim como as das agências reguladoras. “São escolhas políticas”, argumenta.
O discurso de Bolsonaro se assemelhou ao de Dilma Rousseff nas eleições de 2014, quando criticou Marina Silva por defender autonomia do Banco Central por Lei. A candidata petista disse que Marina estaria “entregando o Banco Central aos banqueiros” para eles definirem as taxas de juros.