Cuba, país do ditador Raúl Castro, manifestou seu apoio ao líder do Partido dos Trabalhadores (PT) e ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e à presidente Dilma Rousseff (PT), e diz que ambos são alvo de ações judiciais e parlamentares “injustificáveis e desproporcionais”. A ilha foi beneficiada por recursos do BNDES.
“A indigna manipulação da luta contra a corrupção tem o objetivo de desacreditar e criminalizar um líder emblemático da América [Lula] e desqualificar uma das organizações políticas [PT] mais combativas da região”, diz uma declaração, divulgada no domingo, 6, pela diplomacia cubana.
Lula, que governou o Brasil entre 2003 e 2010, tornou-se, na sexta-feira, 4, o novo alvo da maior investigação por corrupção na história do país, a Operação Lava Jato, após ter sido levado pela Polícia Federal de sua casa para prestar declarações pelo seu suposto envolvimento no escândalo de desvio de recursos da Petrobras.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros cubano disse ainda que o ataque contra a Constituição e a democracia no Brasil também visa a “derrubar o legítimo governo da presidenta Dilma Rousseff e liquidar o processo progressista regional”.
“Com estes métodos sujos, setores dos aparelhos policiais, legislativos e judiciários de alguns Estados da nossa região, em estreita aliança com grupos transnacionais da comunicação, as oligarquias e o imperialismo, pretendem impor, por via da força, pessoas que não foram capazes de vencer as eleições nas urnas”, acrescenta.
Na declaração, o Ministério dos Negócios Estrangeiros diz ainda que Cuba “não tem dúvidas de que a verdade abrirá caminho e que o povo trabalhador do Brasil vai se mobilizar em sua defesa, assim como na salvaguarda dos avanços políticos e sociais conquistados pelos governos do Partido dos Trabalhadores”.