O governo quer uma autorização do Legislativo para que suas contas apresentem um rombo de até R$ 60,2 bilhões neste ano, isto é, vai pagar as contas com a emissão de novos títulos públicos (imprimir dinheiro). Para isso, enviará um projeto de lei complementar alterando a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) nos próximos dias.
O Congresso Nacional aprovou o texto do Orçamento de 2016 estabelecendo uma meta de superávit primário (economia que o governo tem que fazer para pagar os juros da dívida) de 0,5% do PIB, o equivalente a R$ 30,5 bilhões para todo o setor público (governo, estados, municípios e estatais). A parte somente do governo é de R$ 24 bilhões, ou 0,4% do PIB, enquanto R$ 6,5 bilhões são a meta de estados e municípios (0,1% do PIB).
Pela proposta do governo federal, poderiam ser abatidos da meta fiscal até R$ 30,5 bilhões em receitas administradas (que podem não acontecer por conta do baixo ritmo de crescimento da economia), outros R$ 41,2 bilhões por conta da frustração de receitas não administradas, além de R$ 3 bilhões para a área da Saúde (para combater o mosquito o Zika Vírus, entre outras ações), além de mais R$ 9 bilhões em restos a pagar de investimentos considerados prioritários.
Com informações do Portal G1