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Governo Temer gastou R$ 5,1 milhões financiando sites petistas em 2016

Anunciada como uma das primeiras medidas de Michel Temer ao assumir o poder (em maio de 2016), o fim da propaganda do governo federal nos blogs sujos – sites ligados ao Partido dos Trabalhadores (PT) – ficou mais no discurso do que se tornou realidade. Apesar do corte substantivo no dinheiro dos pagadores de impostos destinado a esses sites (o financiamento caiu de R$ 12,8 milhões em 2015 para R$ 5,7 milhões em 2016), o governo de Michel Temer continuou financiando os sites que o chamam de “golpista”.

O principal deles é a Carta Capital, que tem Mino Carta – o qual chegou a declarar que não iria voltar a escrever enquanto Temer não saísse do poder – como proprietário. A revista recebeu R$ 1,8 milhão do governo “golpista”, especialmente de empresas sob controle estatal: Banco do Brasil (R$ 738 mil), Caixa (R$ 292 mil) e Petrobras (R$ 417 mil).

Brasil247 recebeu R$ 293 mil apenas durante o governo Temer em 2016. Outros R$ 416 mil foram destinados pelo governo pmdbista para o Diário do Centro do Mundo. Luís Nassif e seu Jornal GGN embolsaram R$ 364 mil em oito meses. A Caros Amigos embolsou R$ 275 mil, mesmo tendo apenas 131 mil visitantes únicos por mês – praticamente a mesma quantidade de visitantes que a Carta Maior, que recebeu R$ 318 mil liberados pelo “golpista”. Já o Congresso em Foco recebeu R$ 500 mil.

Outros sites da esgotosfera petista que são “contrários ao golpe” também foram beneficiados pelo governo Temer em 2016: Brasil de Fato (R$ 33 mil), Opera Mundi (R$ 89 mil), Conversa Fiada de Paulo Henrique Amorim (R$ 244 mil), Revista Fórum (R$ 262 mil), Blog do Kennedy (R$ 86 mil), Blog do Esmael (R$ 51 mil), Sidney Resende (R$ 123 mil), Pragmatismo Político (R$ 94 mil), O Cafezinho (R$ 34 mil) e Viomundo (R$ 75 mil).

Os números são oficiais e eram tabulados pelo IAP (Instituto para Acompanhamento da Publicidade), entidade criada em 1999 por agências de propaganda para fornecer informações à Secom (Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República). O levantamento do IAP era feito com base nos PIs (pedidos de inserção de anúncios) enviados por todos os órgãos e empresas públicas federais aos veículos de comunicação quando é dada a ordem para publicação de uma propaganda. Em março deste ano, o IAP deixou de existir, mas foram obtidos pelo Poder360 e calculados pelo ILISP.

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