Embora possua controle privado, a Vale sofre forte influência dos fundos de pensão Previ, Fncef e Petros, que estão no bloco de controle da empresa. Isso permite que o governo realize manobras de interesse do estado. Em 2011, por exemplo, Dilma usou a influência do governo para demitir o diretor da Vale, um dos melhores executivos do país, Roger Agnelli, que faleceu recentemente em um acidente de avião. Anos depois, a Vale perdeu valor de mercado e assistiu a sua maior tragédia da história, quando uma das barragens da Samarco, na qual a Vale detém 50% das ações, rompeu e fez um enorme estrago em Mariana – MG.
Antes do governo começar a intervir na gestão privada da Vale, a empresa chegou a ultrapassar a Petrobras em valor do mercado em 2010, gerar mais de 100 mil empregos e alcançar o segundo lugar no ranking das maiores mineradores do mundo. Esse sucesso, talvez, não agradou a presidente Dilma Rousseff, que começou a intervir na empresa em 2011.
Agora, o eventual governo Temer indica que haverá também novas intervenções. O provável escolhido para comandar o Ministério do Planejamento, o senador Romero Jucá (PMDB-RR), quer levar a Vale para sua área de influência e influenciar a escolha do próximo presidente da companhia, assim como fez Dilma Rousseff. Alguma dúvida de que isso terá resultados nefastos para a companhia? Nós não temos.