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Mesmo com petróleo em queda, bolsa bate recorde histórico com a possibilidade de privatizar a Petrobras

Os investidores do mercado brasileiro de ações retomaram com força o ímpeto comprador e levaram o Índice Bovespa nesta terça-feira, 3, a um novo recorde histórico. Um conjunto de fatores – essencialmente domésticos – foi apontado como incentivador das ordens de compra, que levaram o índice a encerrar o pregão aos 76.762,91 pontos, em alta de 3,23%, na máxima do dia. Foi, ainda, a maior alta porcentual desde 3 de janeiro (+3,73%). O volume de negócios na bolsa brasileira somou R$ 11,3 bilhões, acima da média diária de setembro (R$ 9,9 bilhões).

Entre os principais fatores que movimentaram o pregão estiveram especulações otimistas acerca da agenda de privatizações do governo, com a possibilidade de vender o controle da Petrobras, e de alterações em depósitos compulsórios dos bancos. Dados da produção industrial brasileira em agosto também contribuíram, principalmente pela manhã, assim como o bom desempenho das bolsas de Nova York ao longo de todo o dia.

O Ibovespa teve o primeiro “rali” do dia ainda pela manhã, repercutindo fatores como o resultado da produção industrial, que teve queda de 0,8% em agosto ante julho, perto do piso das expectativas do mercado. Já na comparação com agosto de 2016 houve alta de 4%, porcentual também próximo do piso das estimativas mas que, segundo analistas, manteve inequívoca a sinalização de recuperação econômica.

As ações da Petrobras foram destaque de alta durante todo o dia, na contramão da queda dos preços do petróleo. De sua parte, os papéis repercutiam a entrevista do ministro das Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, ao programa Roda Viva, da TV Cultura. O ministro falou sobre a Eletrobras, cuja intenção de privatização foi anunciada em agosto, e afirmou que a privatização da Petrobras deve acontecer, mas que o movimento está “fora de cogitação” neste momento.

As declarações geraram especulações sobre a possibilidade de privatização da Petrobras, e persistiram mesmo diante da negação do ministro, ainda pela manhã. O movimento ganhou ainda mais fôlego à tarde e contagiou papéis de outras empresas estatais. Ao final do pregão, Petrobras ON e PN subiram 4,65% e 3,77%, respectivamente. Eletrobras ON e PNB dispararam 6,13% e 7,10%. Banco do Brasil ON avançou 4,06%.

Por fim, o bloco dos bancos também teve participação essencial na alta do Ibovespa, com o mercado especulando sobre a possibilidade de redução de depósitos compulsórios sobre depósitos a prazo, o que foi negado pelo Banco Central. Por meio de sua assessoria de imprensa, o BC reafirmou que a simplificação da regra do compulsório bancário faz parte da Agenda BC+. Ao final dos negócios, Itaú Unibanco PN teve alta de 3,43%, enquanto Bradesco ON e PN avançaram 5,00% e 4,30%, respectivamente.

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