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Na Argentina, Macri recebe Obama e mais 400 empresários para investir no país e nem lembram do Brasil

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, chegou à Argentina na madrugada desta quarta-feira. No avião presidencial Boeing 747, que transportou Obama e família, vieram cerca de 400 empresários e investidores americanos, ávidos por novas oportunidades de negócios.

Obama foi recebido pela chanceler argentina, Susana Malcorra, e pelo embaixador americano, Noah Mame, que lhes deram as boas vindas ao país que se libertou recentemente de um regime de esquerda corrupto que quase faliu a Argentina.

A viagem “é um gesto muito importante” para o governo argentino, pois “mostra o interesse e a prioridade” que Obama coloca “na gestão do presidente Macri”, segundo a chanceler argentina, Susana Malcorra. Obama não tem planos de passar pelo Brasil. Assim como nenhum dos 400 empresários que vieram com ele em busca de oportunidades de investimentos.

Para os exportadores argentinos, a aproximação com outros países pode trazer esperanças no sentido de reduzir a dependência do Brasil, hoje o principal sócio comercial. “Até agora a Argentina representava uma marca muito ruim a nível internacional”, diz Enrique Mantilla, presidente da Câmara de Exportadores (Cera). “A vinda de Obama é uma mensagem de que o país passou a ser confiável”, afirma.

Mantilla aponta a recente decisão do grupo alemão Daimler de exportar veículos Mercedes-Benz para os Estados Unidos e Canadá. No dia 23 de dezembro, menos de duas semanas depois da posse de Macri, a Daimler anunciou aumento do investimento anunciado em 2013, de US$ 220 milhões para US$ 250 milhões para ampliar e modernizar a fábrica instalada na província de Buenos Aires, onde é produzida a van Sprinter, também vendida no Brasil. A Mercedes será a primeira montadora da história argentina a exportar veículos para os Estados Unidos e Canadá.

Em comunicado à imprensa, a empresa destacou que “num novo contexto, com maior previsibilidade e clima mais favorável aos investimentos, a Daimler definiu a Argentina como plataforma exportadora” a mercados nunca explorados. A companhia destacou, ainda, a intenção de “compensar significativamente a queda das exportações ao Brasil”.

“A Argentina começa a despontar como uma oportunidade comercial”, afirma Patricio Carmody, pesquisador da área de comércio exterior. O analista lembra que a agenda da visita do presidente da França, Fraçois Hollande, a Buenos Aires, em fevereiro, havia sido inicialmente organizada com temas voltados políticos e direitos humanos. “Mas na última hora encaixaram a viagem de uma delegação de empresários”, destaca.

Com informações de Valor Econômico

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