A Polícia Federal prendeu na manhã desta terça-feira (1) o vice-presidente do Facebook na América Latina, o argentino Diego Jorge Dzodan. Ele foi detido antes de sair para o seu escritório, no bairro do Itaim Bibi, em São Paulo. Após prestar declarações na Superintendência da PF, na Lapa, o executivo foi transferido ao CDP (Centro de Detenção Prisional). O pedido de prisão preventiva foi expedido pelo juiz criminal da Comarca de Largato(SE), Marcel aia Montalvão, após o descumprimento de ordens judiciais, que solicitavam informações contidas na rede social (WhatsApp) para produção de provas.
As regras estatais brasileiras exigem que empresas privadas armazenem dados confidenciais de seus usuários. Porém, em muitos casos, armazenar informações dos usuários custam caro para as empresas e nem todos aplicativos fazem isso. Não existe nenhuma certeza se as conversas e dados dos usuários são armazenas no servidor do Whatsapp, mas, mesmo assim, o juiz enviou o pedido de prisão preventiva do executivo por não colaborar com o Estado. Por outro lado, o Whatsapp opera totalmente separado do Facebook, ou seja, a PF prendeu uma pessoa por um crime que não cometeu.
Em nota, o Facebook respondeu: “Estamos desapontados com a medida extrema e desproporcional de ter um executivo do Facebook escoltado até a delegacia devido a um caso envolvendo o WhatsApp, que opera separadamente do Facebook. O Facebook sempre esteve e sempre estará disponível para responder às questões que as autoridades brasileiras possam ter.”