Apesar do setor aéreo brasileiro ter passado, desde os anos 1990, por um intenso processo de desestatização – o que permitiu que “os pobres andem de avião” – ainda há muitos entraves que impedem investimentos. Por exemplo: as companhias aéreas no Brasil, graças à uma determinação estatal, têm que manter 80% do seu capital controlado por brasileiros. Por conta dessa limitação, nenhuma empresa estrangeira entra no mercado doméstico brasileiro, com exceção da companhia Azul (clone da JetBlue americana), que entrou no mercado brasileiro em 1998 porque o fundador, David Neeleman, nasceu no Brasil.
Com o objetivo de acabar com a crise no setor, que amarga enormes perdas por conta da crise econômica criada pelo estado, a equipe de Temer pretende abrir ainda mais o mercado: seria permitido que empresas com 100% de capital estrangeiro atuem no mercado doméstico brasileiro. Isso permitirá que algumas empresas brasileiras consigam investimentos para sair da crise e também aumentará a concorrência no setor.
A abertura do mercado aéreo brasileiro é um importante passo para o transporte brasileiro. Com o aumento do número de companhias aéreas graças à entrada de empresas estrangeiras, os preços tendem a cair no longo prazo, o que pode influenciar, inclusive, os preços das passagens de ônibus interestaduais, outro setor fortemente controlado pelo estado.