A Folha anunciou que deixará de publicar conteúdo em suas páginas no Facebook.
A desculpa, inserida lá no meio do texto de “despedida”, é que o Facebook “privilegia a criação de bolhas de opiniões e convicções e a propagação das ‘fake news'”.
Vamos falar a verdade, né Folha?
A página principal de vocês no Facebook, apesar de ter quase 6 milhões de seguidores, tem um alcance ridículo (195 mil engajamentos por semana) e vocês não querem gastar dinheiro para melhorar isto (fazendo vídeos, por exemplo).
Os acessos que vocês obtém do Facebook (9% do total de acessos ao site da Folha) não dependem das páginas de vocês. As pessoas compartilham conteúdo da Folha sem precisar das páginas oficiais e vocês sabem disso. Essa “saída” do Facebook será irrelevante para o jornal.
Aliás, nas páginas vocês só levam pancada nos comentários (basta ver os comentários no post de “despedida” na página principal da Folha). Como vocês também restringem os comentários no site, no final, vocês estarão em uma bolha de opinião que não precisa ver a resposta de ninguém. A bolha da Folha.
E nem a desculpa de corte de custos cola, afinal, qualquer gerenciador de conteúdo tem a opção de publicar textos automaticamente no Facebook.
No fim, esta “saída” é apenas uma gracinha para falar nos fóruns “descoladxs” de jornalismo e dizer que “não depende da empresa capitalista ianque opressora” após ter perdido 28 mil assinantes em 1 ano, como aconteceu com a Folha em 2017.
É apenas a Folha fazendo o que sabe fazer de melhor: propagar “fake news”.
PS: Alguém precisa avisar ao F5 (“site de entretenimento da Folha”) e à Livraria da Folha que eles devem parar de publicar no Facebook. Parece que a notícia não chegou a eles. E por que o UOL, controlado pelo Grupo Folha, não participa também?